21/04/2017

Telefonia móvel - saiba como ela funciona

A telefonia móvel está presente na vida de todos os usuários, deste modo, graças à revolução o segmento tem desenvolvido e permite uma comunicação mais fácil.

No entanto, antes de entender um pouco desta tecnologia é preciso saber que a telefonia celular é um sistema de transmissão, portanto, ele usa ondas de radiofrequência, como o rádio e os walkie-talkies.

Apesar de parecer simples, na realidade não é assim que funciona, antes de entrar em outros aspectos é preciso conhecê-la. Confira.

Como funciona a telefonia móvel

Esta rede utiliza um sistema de transmissão de radiofrequência, porém, ela é dividida em uma área geográfica em segmentos chamados células.

Em cada célula possui uma estação rádio base, portanto, este local é formado por antenas que possuem receptores e fazem a emissão do sinal, que fica ligada em uma central telefônica.

Além disso, o sistema do celular é full-duplex, o usuário pode ouvir e conversar ao mesmo tempo, diferente dos rádios. Isto ocorre, pois existe uma frequência do rádio que só recepciona o sinal e a outra serve para a emissão.

Quando inicia uma conversa, o telefone celular começa uma comunicação com a central para que possa localizar o celular do número de destino e consequentemente criar uma comunicação.

Outro detalhe é que as células variam e podem ser usadas na mesma frequência mesmo que seja adjacente, pois mesmo que esteja na mesma frequência elas não estão próximas da outra.

Em uma chamada é possível que a chamada da célula possa ser alterada na comunicação, por isto é possível usar o celular em uma viagem de carro ou ônibus. Nesta situação ao observar que o sinal está ficando mais fraca automaticamente procura uma base mais próxima para que ocorra a transferência.

Quando isto acontece em áreas rurais, à chamada acaba sendo interrompida e o usuário somente consegue efetuar uma nova ligação quando o dispositivo encontra uma nova base.

No entanto, é preciso frisar que cada base suporta uma quantidade de aparelhos efetuando chamadas, por isto quando o limite é excedido é possível ficar sem comunicação. Como exemplo, em datas comemorativas ou evento de grande porte, onde aumenta o número de telefones simultâneos.

Tecnologia 2G

A primeira geração (1G) oferecia para os usuários apenas os telefones fixos e que usavam fio. Neste período surgiram os primeiros celulares, que usavam a tecnologia AMPS (Advanced Mobile Phone System), padrão analógico de diversos países.

Com o passar dos anos a telefonia móvel ganhou espaço e nasceu a tecnologia 2G. Esta segunda geração foi marcada por aparelhos digitais e que eram mais estáveis, além de cobrir uma maior área e suportar mais usuários.

Com isto, novas tecnologias foram aplicadas como TDMA, o CDMA e o GSM.

O que é tecnologia TDMA

A tecnologia TDMA Time Division Multiple Access (algo como "Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo"), permite que o canal de comunicação seja dividido em slots, ou seja, em tempo alternado.

Diante disso, cada chamada é destinada em dois slots na qual um é para o aparelho base e o outro para a base do aparelho. No entanto, como eles são alternados a chamada não interfere na outra, mesmo usando o mesmo canal.

Com isto, o TDMA tem capacidade de suportar três vezes mais conexões do que as tecnologias analógicas, pois como a tecnologia é digital os seus dados são comprimidos e ocupa um terço da capacidade do canal, fazendo com que o restante seja aproveitado em outras chamadas.

Ainda esta tecnologia foi aplicada em três sistemas: IS-54, IS-136 e GSM.

O IS-54 tem a mesma faixa de frequência e segue na casa dos 800 MHz, portanto, ele também é conhecido como D-AMPS (Digital AMPS). Já o segundo é a evolução do anterior e suporta as faixas de 800 MHz e 1.900 MHz e pode ser usado em canal de controle avançado. Por fim, o outro será apresentado mais à frente.

Entenda sobre a tecnologia CDMA

Apesar da TDMA ter sido importante, ele foi o primeiro passo para que ocorra a atualização, já que a tecnologia também sofreu algumas limitações. Com isto criou uma solução a CDMA, Code Division Multiple Access (algo como "Acesso Múltiplo por Divisão de Código").

Neste caso, ao invés de seguir o esquema de slots, as chamadas são digitalizadas e são espalhadas em um canal de frequência. Com isto não existe uma organização com intervalo, pois as conexões são feitas ao mesmo tempo.

Para que exista a distinção, cada uma apresenta um código único que é utilizado pelo receptor, portanto, os que tiverem a identificação correta são aceitos e os que não, são dispensados.

Através deste método, as interferências diminuíram, pois permitiu o uso de frequências iguais em células adjacentes, além de ter um suporte maior de usuários, com isto todos os canais são bem aproveitados.

Na história, o primeiro sistema com tecnologia CDMA teve sua denominação IS-95. Ainda teve outra denominação IS-95B, que tinha como função permitir o tráfego de dados na velocidade máxima de 64 Kb/s, pois o anterior só chegava até 14,4 Kb/s.

Diante disso, a CDMA usava faixas de frequência de 800 MHz e 1.900 MHz e no Brasil foi muito utilizada na operadora Vivo. Logo depois a tecnologia GSM acabou migrando em outros países.

O que é a tecnologia GSM

A tecnologia Global System for Mobile Communications ("Sistema Global para Comunicações Móveis") faz as transmissões baseadas no padrão TDMA.

Mas neste caso, ela trabalha com padrão FDMA (Frequency Division Multiple Access - "Múltiplo Acesso por Divisão de Frequência"), na qual divide a faixa e cada parte ocorre à conexão.

Além disso, a tecnologia GSM utiliza o SIM, popularmente conhecido como chip no Brasil. Através deste item é possível armazenar o número, contatos entre outros.

Com o uso dos "cartões SIM" os usuários podem trocar de telefone, mas manter o mesmo número, neste caso, basta colocar o seu chip no novo aparelho.

Através da sua aplicação, foi possível minimizar os problemas de clonagem de aparelho, além de a tecnologia utilizar proteção via criptografia, evitando que os dados dos usuários sejam interceptados.

Como o GSM está presente em outros países, fica mais fácil ativar o recurso de roaming, para que a linha funcione em redes em outros lugares.

A rede GMS possui faixas de 900 MHz, 1.800 MHz e 1.900 MHz e elas variam conforme o país e a operadora.

GPRS

Esta foi considerada como rede "2,5G", e o General Packet Radio Service (ou Serviço de Rádio de Pacote Geral - GPRS) garantiu a melhora de transmissões móveis, permitindo aumentar as taxas de transferência de dados em redes GSM.

Com isto, ela trouxe algumas funcionalidades como, aplicação simultânea de dados e voz e o acesso permanente à rede de dados.

EDGE

O EDGE, conhecido por Enhanced Date Rates For GSM Evolution (Taxas de Dados Ampliadas para a Evolução do GSM), já é considerado tecnologia de terceira geração (3G).

Sua aplicação trouxe evolução das redes móveis, permitindo banda de até 236 Kbps.

3G

Esta geração é atual e muito utilizada, permite navegação eficiente na internet, além de realizar tarefas do dia a dia. Pela rede existe comunicação VoIP, em vídeo, mensagens de e-mail e mensagens instantâneas.

No entanto, como ela não utiliza a mesma frequência de rádio da geração anterior, o uso foi mais lento, pois as operadoras tiveram que investir em novas redes e bandas.

O 3G tornou-se o padrão, mas ainda existem locais onde acontecem baixas coberturas.

HPSA (e HPSA+)

Assim como usamos a EDGE, é possível usar a HPSA. Esta rede funciona como evolução do 3G para a 4G e pode ser algo como "3.5G".

A High Speed Packet Access (ou Pacote de Acesso de Alta Velocidade), HPSA permite ampliar e melhorar o sinal 3G por meio dos protocolos HSDPA e HSUPA. Neste caso, pode garantir velocidades de até 84 Mbps de download na versão atual.

4G

A rede 4G é o padrão mais recente e promete transmissões de dados em bandas ultra larga.

Teoricamente, a conexão tem o papel de atingir velocidade de até 300 Mbps, porém, ela tem muito para ser explorada para chegar ao seu máximo.

Principais operadores de telefonia

Com a evolução, hoje as operadoras investiram pesados em equipamento e tecnologia, portanto, algumas delas se destacam por estar presente em mais municípios brasileiros.

Além disso, com a expansão da internet 4G no Brasil, hoje existem 20,4 milhões de conexões 4G ativas no país desde outubro de 2015. Deste modo, este crescimento atingiu ano passado cerca de 308%.

Como podemos ver, a telefonia móvel a cada dia apresenta um novo passo importante, sendo assim, conheça as operadoras de telefonia móvel com maior área de cobertura 4G no Brasil conforme dados da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil).

TIM
·         Municípios cobertos: 265.

Claro
·         Municípios cobertos: 186.

Vivo
·         Municípios cobertos: 169.

Oi
·         Municípios cobertos: 45.

Nextel
·         Municípios cobertos: 10.


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